Dicas práticas

Planejamento Estratégico no Aprendizado de Inglês

© Rubens Queiroz de Almeida

A jornada para dominar o inglês pode parecer uma tarefa monumental, mas a sabedoria de Mark Twain (*) oferece uma perspectiva valiosa para enfrentar esse desafio. Ele disse certa vez: “O segredo de avançar é começar. O segredo de começar é dividir as tarefas complexas e esmagadoras em tarefas pequenas e administráveis e começar pela primeira”. Esta abordagem é particularmente relevante no contexto do aprendizado de idiomas, especialmente nos dias atuais.

Vivemos em uma era de abundância de recursos para o auto-estudo de inglês. Aplicativos, podcasts, vídeos, cursos online e inúmeros materiais gratuitos estão à disposição dos aprendizes. No entanto, essa riqueza de opções pode ser tanto uma bênção quanto uma maldição. Sem um planejamento cuidadoso, é fácil sentir-se sobrecarregado e perder o foco. É aqui que a importância do planejamento se torna evidente.

Muitos aspirantes a falantes de inglês começam sua jornada com metas difusas, como “Quero falar inglês fluentemente”. Embora esse seja um objetivo louvável, sua falta de especificidade pode ser contraproducente. Metas vagas tendem a nos confundir e atrasar nosso progresso. Sem marcos claros e mensuráveis, é difícil avaliar o avanço e manter a motivação. Além disso, objetivos nebulosos podem levar à procrastinação, pois não oferecem um ponto de partida claro.

A solução está em aplicar o conselho de Twain: dividir o objetivo maior em etapas menores e administráveis. No caso do aprendizado de inglês, isso pode significar estabelecer metas específicas para diferentes aspectos do idioma, como vocabulário, gramática, compreensão auditiva, fala, escrita e leitura. Por exemplo, em vez de simplesmente “melhorar o vocabulário”, pode-se estabelecer a meta de aprender 20 novas palavras por semana. Em vez de “melhorar a compreensão auditiva”, pode-se definir o objetivo de assistir a um episódio de uma série em inglês sem legendas a cada semana.

Ao criar um plano estruturado com metas claras e mensuráveis, não apenas tornamos o processo de aprendizado mais gerenciável, mas também criamos um caminho claro para o progresso. Isso nos permite aproveitar melhor os recursos disponíveis, direcionando nossos esforços de maneira mais eficaz e mantendo a motivação ao longo do tempo.

O planejamento também nos ajuda a evitar a armadilha da sobrecarga de informações. Com um plano claro, podemos selecionar os recursos mais adequados para cada etapa de nossa jornada, evitando o desperdício de tempo com materiais que não são apropriados para nosso nível atual ou objetivos específicos.

Por fim, seguindo o conselho de Twain de “começar pela primeira” tarefa, damos o passo inicial crucial em nossa jornada de aprendizado. Isso pode ser algo tão simples quanto aprender cinco novas palavras no primeiro dia ou passar 10 minutos ouvindo um podcast em inglês. O importante é começar e manter o ritmo.

Com planejamento cuidadoso, metas claras e um foco em ações concretas, podemos navegar eficientemente pelo vasto mar de recursos disponíveis e fazer progresso constante em direção à fluência no inglês. Lembre-se: o segredo é começar, e o melhor momento para isso é agora.

(*) Mark Twain, nascido Samuel Langhorne Clemens em 30 de novembro de 1835 em Missouri, EUA, é considerado um dos maiores escritores e humoristas da literatura americana. Crescendo às margens do rio Mississippi, suas experiências de juventude influenciaram profundamente suas obras mais famosas, como “As Aventuras de Tom Sawyer” e “As Aventuras de Huckleberry Finn”. Twain trabalhou como jornalista e piloto de barco a vapor antes de se dedicar à escrita. Conhecido por seu humor afiado, crítica social e estilo que capturava o vernáculo americano, ele também foi um palestrante popular e viajante ávido. Apesar de enfrentar dificuldades pessoais e financeiras ao longo da vida, Twain deixou um legado duradouro na literatura quando faleceu em 21 de abril de 1910, aos 74 anos. Suas obras e citações continuam sendo amplamente apreciadas e estudadas até hoje, solidificando sua posição como uma figura icônica da cultura americana.

Deixe um comentário